“Não, não vou chorar.” – Jurou ele a si próprio, quando começou a ouvir a música.
Mas o que tinha de particular aquela música, para o levar a pensar assim?
Nada de especial, a não ser o facto de ele se ter apaixonado pela rapariga que lhe deu a conhecer essa música, há já alguns anos atrás.
Ele sentou-se na poltrona, fechou os olhos, e deixou-se levar pelas memórias.
Lembrou-se do nome dela, do seu sentido de humor, lembrou-se que naquele tempo sempre que olhava para a Lua pensava nela, lembrou-se das horas passadas de dicionário na mão a traduzir cada frase, cada palavra, dessa musica, e lembrou-se que nunca a viu… nem sequer em fotografia.
Tinha sido uma paixão virtual, criada através da Internet, mas ainda assim, uma paixão.
Ele pensou nela… será que estaria casada, com filhos, até?
A música acabou, ele abriu os olhos, respirou fundo e olhou para uma porta que acabara de se abrir… não era ninguém, tinha sido apenas uma corrente de ar.
Ele suspirou, pegou numa caneta e resolver escrever isto.
(ouvir
A Música)
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