11/07/07

Era uma vez um mágico

Era uma vez um mágico capaz de hipnotizar quem, e o que ele quisesse.
Certa noite, durante mais um dos seus espectáculos (ler o que se segue de um só fôlego, a coisa não tem virgulas!), ele chamou uma jovem mulher ao palco convidando-a depois a sentar-se numa cadeira previamente colocada no palco por uma assistente dele com o intuito de ali ser realizada a magia (inspirar neste ponto).
O Mágico pediu silêncio à plateia, as 4 pessoas que lá estavam obedeceram.
Foi então que o Mágico pediu à jovem para cerrar os olhos e disse-lhe:”Eu sou Zorb (nome ridículo, eu sei), o Rei do Hipnotismo.” - ele repetiu esta fala três vezes.
De seguida, e num gesto só possível de ser realizado por alguém com muitos anos de prática, e uma deficiência nos braços causada por acidente de mota, Zorb estalou os dedos (dos pés) e mandou a jovem abrir os olhos.
“Olhe para mim, minha jovem, olhe profundamente para mim… isso… não resista ao meu poder… agora diga, quem sou eu?” - perguntou Zorb.
“Zorb?” - respondeu a mulher.
“Sim, mas… Zorb o…” - o Mágico fez novamente uns gestos profundamente complexos sobre a cabeça da rapariga.
“Zorb… o Rei do Hipnotismo?”

O Mágico virou-se imediatamente para a 3 pessoas (uma já tinha abandonado a sala) da plateia e agradeceu os aplausos, isto é, aplausos não houveram mas ele agradeceu na mesma.

O mais incrível desta história vem agora, quem leu isto até aqui também foi hipnotizado (!), e sempre que se ouvir a palavra “Euribor” todos irão sentir uma enorme dor de cabeça.

FIM

03/07/07

Era uma vez um pedaço de tempo

Era uma vez um pedaço de tempo, o seu nome, pelo menos aquele que ele me garantiu ser o seu nome era " ".
Com efeito, " " revelou-se um nome difícil, para não dizer impossível, de eu pronunciar, por isso eu próprio o baptizei com o nome de " ".
" ", ou melhor " ", achou o seu novo nome maravilhoso, embora me tenha dito em voz baixa que " " soava melhor.
O que é certo é que aquele pedaço de tempo me fez companhia durante... bem, durante um pedaço de tempo.
Eu nunca pensei, ou sequer imaginei, que um pedaço de tempo pudesse ser assim como o " ", para ser sincero eu nunca dei muita importância aos pedaços de tempo.
" " avisou-me então para eu me preparar para o pior.
O pior? Que quereria o pedaço de tempo dizer?
Eu ainda não tinha sequer acabado de esboçar um pensamento quando vi o que ele queria dizer; " " tinha chegado ao fim.
Adeus " ", talvez um dia ainda nos vejamos novamente.

FIM