28/02/08

Post Script 6

Olá… sabes, é estranho, muito estranho até.
O que faz de ti especial para mim?
É que sendo realista, e não querendo ferir os teus sentimentos, a verdade é que tu és absolutamente normal, entendes?
Ainda por cima tenho a sensação que não entendes uma palavra daquilo que te digo, vives num mundo só teu, e é extremamente difícil arrancar-te uma palavra que seja.

Por isso eu pergunto: o que faz de ti especial?

Olhando nos teus lindos olhos eu consigo ver a resposta, mas sei que tu nunca a irás dizer.

PS: és o melhor papagaio que um homem pode ter.

FIM

26/02/08

Post Script 5

Olá... é só para te lembrar do jantar logo à noite, em minha casa, eu cozinho.

PS: não te preocupes, desta vez vai correr tudo bem, comprei um extintor.

PS: talvez não seja má ideia trazeres alguma coisita.

FIM

25/02/08

Post Script 4

Olá… lembrei-me de ti agora mesmo.
Sabes, eu lembro-me de ti muitas vezes, só que depois esqueço-me de te dizer isso.
Agora, e para que não me volte a esquecer de ter dizer que me lembro muitas vezes de ti, quero que saibas que lembro-me de ti quando inspiro, e por vezes, quando expiro também me lembro de ti, mas devo-te confessar que isso acontece menos vezes.
Lembro-me de ti quando acordo, desculpa não me lembrar de ti quando estou a dormir.
Lembro-me de ti muitas vezes e queria que soubesses disso.

PS: lembrei-me de ti outra vez.

FIM

21/02/08

Post Script 3

Olá… ontem à noite foi espectacular!
Juro que não sabia que tu conseguias fazer aquilo… daquela maneira.
É claro que nem preciso de te dizer qual foi a minha parte favorita, aposto que até os teus vizinhos são capazes de saber qual foi (eu sei que tenho de controlar os meus berros), e isso aconteceu umas cinco vezes, não foi?
Só lamento ter-te partido aquela jarra tão bonita, sabes como é, com tanta excitação é difícil controlar a força dos movimentos.

PS: da próxima vez jogámos na minha sala que é maior, traz a bola.

FIM

20/02/08

Post Script 2

Olá… esta é a milésima mensagem que te envio… hoje.
Porque não respondes, achas que estou a exagerar?
Tu sabes muito bem que eu não tive culpa de nada… quer dizer, acho que sabes, mas se não souberes ainda, estou agora a dizer-te que eu não tive a culpa toda.
Sabes que mais? Estou farto de ter de me justificar por uma coisa que só tive 50% da culpa… para te ser sincero começo a ficar mesmo farto… que se lixe, ouve, está tudo acabado entre nós, nunca mais te quero ver, espero que ardas lentamente nas chamas do Inferno.

PS: se quando receberes esta mensagem já me tiveres perdoado, ignora por completo o conteúdo da mesma.

FIM

15/02/08

Post Script 1

Olá… sabes, nunca fui uma pessoa de demonstrar muito aquilo que sinto, mas hoje… bem, hoje é um dia especial.
Não sei bem por onde começar… como sempre, não é?
Como daquela vez no cinema, lembras-te?
Mas dessa vez tu estavas ao meu lado e tomaste tu a iniciativa… ainda me lembro da sensação do primeiro beijo… mas tu não estás aqui agora, ao meu lado, e eu tenho de começar isto de alguma forma.
Espera só mais um pouco… deixa-me recordar o nosso beijo um instante mais… meu Deus, eu tremia por todos os lados.
Apetece-me sorrir.
Mas agora tenho de escrever sobre ti.
Já sei, isto vai soar mal ou piegas, talvez até as duas coisas ao mesmo tempo, mas cá vai: TU ÉS O MEU BEIJO PREFERIDO!

Sabes, é muito bom andar de mão dada com o nosso beijo preferido. :)

PS: o dia é especial porque sinto que vai ser hoje que te vou encontrar pela primeira vez.

FIM

08/02/08

E se...

Na sala de aulas, disciplina de matemática, a Professora tenta, apenas tenta, explicar a matéria aos alunos.
Rui, sentado na última cadeira, da última fila, fecha, por momentos, os olhos e parece meditar.
A imaginação do rapaz leva-o para longe, muito longe, daquela sala de aulas, daquela escola.
Ele sonha e tenta adivinhar a sensação que deve ser voar, a sensação de ver tudo lá de cima, sentado no topo de uma nuvem… não, o topo de uma nuvem não é suficientemente alto, ele experimenta ir mais além, explorar novos planetas, por que não? Afinal de contas já que se está a fantasiar é melhor fazê-lo em grande.
Rui vê um planeta, quer dizer, aquilo deve de ser um planeta, apesar da sua forma se parecer com um dado.
O jovem aterra sem problemas.
Mas, o que é aquilo ali ao fundo? Parece ser, sim, é mesmo, é uma pessoa, e humana, ainda por cima.
Quem diria que um planeta parecido com um dado já era habitado, o rapaz aproxima-se da pessoa.
É uma rapariga, mais ou menos da idade dele. Rui, tal como um parvo, fica a olhar para ela.
Subitamente ele sente uma espécie de abanão, é a Professora lá no planeta Terra a tentar arrastar o rapaz para a realidade.
Rui só tem tempo para, à medida que flutua de volta à Terra, acenar e sorrir para a rapariga.
Ele está de volta à sala de aulas, sim, todos os seus colegas riem-se dele por ter adormecido na aula de Matemática, mas quem o pode censurar? (Eu sei que eu não posso).
A aula acaba, finalmente.
No corredor, no meio da confusão, Rui dá um encontrão numa pessoa, é uma rapariga, e ela é muito parecida com a rapariga do planeta em forma de dado.
Não, não pode ser, pensa ele.
Os dois seguem caminhos opostos, Rui ainda pára para se voltar para trás, mas depois, conformado, segue o seu caminho.
A rapariga, que por acaso se chama Inês, pára de andar e volta-se para trás, o Rui já vai longe, ela encolhe os ombros, dá um suspiro e retoma o seu caminho.

FIM