27/08/10

Ela, a Mel


Tu não sabes, mas…
À noite,
Enquanto dormes,
Eu observo-te.

Certa noite…

Certa noite,
Dei contigo a escrever,
Escrevias desalmadamente…
Como se o próprio mundo,
Corresse o risco de explodir,
Caso parasses.

Afinal,
Fizeste uma pausa,
Para afastar as lágrimas dos olhos,
E o mundo nem sequer suspirou.

Nessa mesma noite,
Flutuava uma música,
Era sobre sonhos,
Tu e os sonhos…

Se numa outra noite,
Eu voltar a ter a sorte,
De te encontrar acordada,
Serei eu a sorrir-te.
Exactamente da mesma forma,
Como tu sempre me sorris,
Enquanto durmo.

Minha doce e querida,
Melancolia.

5 comentários:

isabel maria disse...

Belo poema à melancolia que aconchega o poeta à noitinha e o faz sonhar!
Parabéns!

Anónimo disse...

(Olá miúdo! Está lindo! A Mel é realmente uma amiga de muito smomentos... :) )

Manuel Pintor disse...

É tão certa a noite
Como o é o dia
Quando me desalmas
No que me escreves

Melancolia

Não quero teu amor
Vai
Quero sorrir-te
Deixa-me
Tua alegria!

Flah Queiroz disse...

Doce na medida. Daqueles que não enjoam e fazem a gente querer se fartar.

Anónimo disse...

Uma bela e longa melodia para esse poeta que doa a dor na poesia.