Eu estava super-feliz porque por fim, e apesar de todas as outras tentativas, eu ia finalmente casar-me contigo.
Acordei cedo nesse dia, eram 8 horas quando me levantei, peguei numa toalha e fui tomar banho, só que chegado à casa de banho constatei que não havia água!
Furioso, vesti à pressa um fato de treino e calcei uns ténis, meti-me no carro e fui até aos Serviços de Água, para reclamar.
Quando lá cheguei desatei aos berros, protestando porque no dia do meu próprio casamento eu não podia tomar banho por não ter água em casa.
Todos demonstraram muita simpatia e solidariedade para comigo e isso acalmou-me um pouco.
Contudo era já quase 1 hora da tarde quando finalmente consegui falar com o Chefe lá do sítio.
Para minha total e inesperada surpresa, eu conhecia o sujeito, era o “Orelhas”, um tipo que tinha andado na Tropa comigo.
O rapaz estava de rastos, ele tinha-se separado há pouco tempo e só dizia que a vida já não fazia sentido.
Eu tentei animar o homem.
Por mero acaso do destino, lembrei-me que às 3 horas da tarde (precisamente à hora do nosso casamento), ia haver um jogo de futebol entre ex-militares, tipos que tinham andado na Tropa comigo e com o “Orelhas”… por sorte eu estava de fato de treino e o “Orelhas” também.
Amorzinho, entende, nós podemos voltar a marcar o dia do nosso casamento para outra altura, mas o “Orelhas” estava desesperado e eu temi que ele fizesse uma loucura se eu o deixasse sozinho naquele momento.
As boas noticias é que ganhámos o jogo e eu recebi a Taça de melhor jogador.
Espero que entendas as minhas razões, amor da minha vida.
Beijinhos.
PS: achas que o teu pai ficaria mais calmo se eu lhe oferecesse a Taça?
FIM
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