29/03/11

Adeus palavras

Não mais escreverei.

As palavras já nada me dizem.

Ou então,

Serei eu que já não as consigo ouvir.

Prevejo um divórcio amigável.

Cada um partirá,

Com o que de melhor tem.

As palavras com as suas certezas,

Eu com os meus sonhos.

Adeus, palavras.

11 comentários:

Suzana Martins disse...

E a palavra chorou, num canto das letras, pois a despedida fez sangrar os versos...

Beijos meu querido!!!!

Anónimo disse...

(Se um dia decidires não escrever mais... diz-me, porque então terei de encontrar outra forma de te escutar...)
(Beijo miúdo!)

Augusto Barros disse...

"Cada um partirá,

Com o que de melhor tem."


lindo! é uma das unicas certezas...



=)

Roberta disse...

Quando as palavras já não são mais capazes de exprimir k que vai n'alma não é ausência de sentimento: é que o sentimento superou o poeta.

Sem palavras...

Rosamaria disse...

Oi Ruy!

Tenho uma relação de amor com a poesia.
As palavras são meu inferno e minha paz.
Não saberia como viver sem elas.

Um beijo doce.

Vilma disse...

Por vezes, arruinamos mais com as nossas palavras do que com o nosso silêncio. Mas também é na busca das palavras certas que se encontram os pensamentos.
Espero que não nos deixes orfãos Ruy e que estas tuas palavras não sejam palavras de despedida. Senão, como poderemos escutar o teu coração?

Gostei muito do comentário da Roberta:
Quando as palavras já não são mais capazes de exprimir o que vai na alma não é ausência de sentimento: é que o sentimento superou o poeta.

Um abraço amigo
DTA :))

Thiago Peixoto disse...

Difícil dizer se você é melhor nos desenhos ou nos versos, gosto muito dos dois. Parabéns!
Ps.: Estou lendo seu livro.

Tili Oliveira disse...

Pode parar de brincadeira heim Seu Ruy!!!
Não gosto desse silêncio nem como forma de arte.
Beijos bravos (rsrsrs)
PS: O desenho é um dos mais belos que você já fez!

Manuel Pintor disse...

Ah, amigo!
Das palavras não há certezas
e até de algumas certas
quando certeiras no momento
se desfaz a ilusão
de rigor em qualquer tempo
Não há palavras
de que nos possamos despedir
pois nos vêm quando partem
e nos chegam sem aviso
na vontade de seguir
Em cada palavra dada
uma vontade amarrada
um desejo que não desiste
um sonho que se estende
se faz praia alagada
de navio que persiste
Cais de partidas, cais de chegadas
de palavras navegadas
palavras voadas
sentidas
por elas nos escrevemos
riscamos o chão de águas
nos rios que corremos
de profundos sentimentos
Palavras...
que o vento no-las leve
e no-las pese o coração!

Grande abraço, amigo Ruy!

Ani Braga disse...

Olá Ruy,


Lindo post.

É lindo saber que o seu melhor são os sonhos. Porque ai, dá pra imaginar quão grandes eles são porque suas palavras são simplesmente lindas...


Beijos

Ani

Anónimo disse...

As palavras estarão sozinhas. Mas as saudades serão quentes. Separação!